Jogos Multiplayers injustiçados

O mundo dos games é um oceano vasto e diverso, repleto de ilhas de experiências.

Entre elas, encontramos joias escondidas: jogos multiplayers injustiçados que, por diversos motivos, não receberam a atenção que mereciam, ficando relegados a um canto virtual empoeirado.

Neste artigo, embarcaremos em uma jornada nostálgica por alguns desses multiplayers injustiçados, explorando suas qualidades, lamentando seu destino e tecendo reflexões sobre o que os tornou tão especiais.

1. Battleborn

Reprodução: Steam

Desenvolvido pela Gearbox Software e publicado pela 2K Games, é um exemplo marcante de um jogo multiplayer que foi injustiçado. Lançado em maio de 2016, Battleborn prometia ser uma revolução no gênero MOBA (Multiplayer Online Battle Arena) com elementos de FPS (First-Person Shooter), mas acabou sendo ofuscado por lançamentos contemporâneos e decisões de marketing questionáveis.

Problemas de Lançamento

Uma das maiores adversidades enfrentadas por Battleborn foi seu lançamento próximo ao de Overwatch, jogo desenvolvido pela Blizzard Entertainment que se tornou um fenômeno global. Apesar de serem jogos diferentes em muitos aspectos, a similaridade de ambos serem shooters baseados em heróis levou a comparações inevitáveis, e Overwatch acabou recebendo a maior parte da atenção e jogadores.

Fechamento dos Servidores

Em janeiro de 2021, os servidores de Battleborn foram oficialmente desligados, marcando o fim do jogo. Foi um desfecho triste para um título que tinha muito potencial. A falta de uma base de jogadores robusta e o domínio de Overwatch no mercado acabaram selando o destino de Battleborn.

  • Battleborn oferecia uma vasta seleção de heróis, cada um com habilidades e estilos de jogo distintos, permitindo aos jogadores encontrar personagens que se encaixavam em suas preferências e estratégias.
  • O sistema de progressão permitia aos jogadores evoluir seus heróis ao longo das partidas, desbloqueando novas habilidades e melhorando suas capacidades.
  • O sistema de matchmaking era projetado para equilibrar as partidas, colocando jogadores de níveis e habilidades similares juntos, o que resultava em partidas mais justas e competitivas.

Battleborn é, sem dúvida, um jogo que merecia mais reconhecimento e sucesso do que obteve. Sua combinação de gêneros, design dos heróis e jogabilidade o tornaram uma joia, mas injustiçado no mundo dos jogos multiplayer.

2. Mass Effect 3: Multiplayer

Reprodução: Bioware

Um Multiplayer Cooperativo e Viciante

A trilogia Mass Effect conquistou milhões de jogadores pela sua incrível narrativa, personagens memoráveis e universo rico em detalhes. Mas, escondido entre as missões solo de Shepard e seus companheiros, estava um multiplayer cooperativo viciante. Os jogadores podiam unir forças para enfrentar hordas de inimigos em mapas variados, utilizando diferentes raças e personalizando seus personagens com armaduras, armas e habilidades distintas.

  • A jogabilidade era fluida e recompensadora, combinando tiroteios frenéticos com o uso estratégico de habilidades especiais.
  • Os mapas eram criativos e bem projetados, proporcionando diferentes desafios e oportunidades de trabalho em equipe.
  • As recompensas por concluir missões eram satisfatórias, desbloqueando novas armas, armaduras e itens cosméticos para aprimorar a experiência.

Ofuscado pela Campanha Singleplayer

O multiplayer de Mass Effect 3 ficou ofuscado pela campanha singleplayer, que naturalmente atraiu a maior parte da atenção dos jogadores. Com o tempo, a comunidade online diminuiu, tornando mais difícil encontrar partidas e parceiros para jogar. É uma pena que um multiplayer tão bem elaborado e divertido não tenha recebido o reconhecimento que merecia, ficando relegado a um nicho de jogadores dedicados.

3. Titanfall 2

Reprodução: Steam

Uma Sequência que Elevou a Franquia

A sequência de Titanfall elevou a franquia a um novo patamar, entregando uma campanha singleplayer eletrizante e um multiplayer ainda mais refinado. O sistema de movimento fluido, que permitia aos pilotos escalar paredes, deslizar pelo ar e realizar acrobacias radicais, era um dos pontos fortes do jogo.

  • A combinação de armas e habilidades dos pilotos e titãs, criaturas robóticas gigantescas que os pilotos podiam controlar, proporcionava batalhas frenéticas e estratégicas.
  • Os mapas eram bem projetados, aproveitando o sistema de movimento para criar diferentes rotas, desafios e oportunidades de flanquear os inimigos.
  • Os modos de jogo eram variados, desde o clássico “Domination” até o inovador “Attrition“, que exigia trabalho em equipe para eliminar os titãs adversários.

Lançamentos Infortuno e Comunidade Decrescente

Infelizmente, o lançamento de Titanfall 2 entre Battlefield 1 e Call of Duty: Infinite Warfare o condenou à obscuridade. A comunidade lutou para manter o jogo vivo, mas, sem o apoio da EA, o multiplayer gradualmente se esvaziou. É uma pena que um jogo com tanto potencial tenha sido lançado em um momento tão desfavorável, impedindo que alcançasse o sucesso que merecia.

4. Gotham City Impostors

Reprodução: Steam

Um FPS com Humor Irreverente

Imagine um FPS em que você assume o papel de um impostor na cidade de Gotham, fingindo ser Batman ou um de seus vilões. Essa era a proposta de Gotham City Impostors, um jogo gratuito que oferecia tiroteios caóticos, habilidades diversificadas para cada personagem e um humor irreverente.

  • Os jogadores podiam escolher entre diferentes classes inspiradas em personagens icônicos do universo Batman, como o Coringa, o Duas-Caras e a Mulher-Gato. Cada classe possuía habilidades únicas que podiam ser utilizadas para eliminar os inimigos, escapar de situações perigosas e causar o caos nas ruas de Gotham.
  • O jogo também apresentava um modo de jogo “Gang Wars“, no qual duas equipes de impostores se enfrentavam em uma batalha por território. As partidas eram frenéticas e divertidas, exigindo trabalho em equipe e estratégia para alcançar a vitória.

Abandono e Servidores Desativados

Por razões desconhecidas, Gotham City Impostors não decolou. O jogo teve um lançamento tímido e a comunidade nunca foi muito grande. Os servidores foram desativados em 2015, deixando um vazio no cenário dos jogos multiplayer que nunca foi preenchido. É uma pena que um jogo com tanto potencial tenha sido abandonado tão cedo, sem ter a chance de mostrar o que poderia oferecer.

5. Defiance

Reprodução: Steam

Uma Combinação de Tiro em Terceira Pessoa e Construção de Comunidade

Defiance combinava elementos de tiro em terceira pessoa com construção de comunidade, criando uma experiência envolvente. Os jogadores precisavam trabalhar em equipe para sobreviver no mundo hostil, coletar recursos, construir suas cidades e enfrentar inimigos poderosos. O jogo também contava com uma história e um universo rico em detalhes, que incentivava a exploração e a descoberta.

  • Defiance oferecia um vasto mundo aberto onde os jogadores podiam explorar livremente. O ambiente era dinâmico, com eventos que ocorriam aleatoriamente, incentivando a cooperação entre jogadores para enfrentar desafios maiores.
  • Os eventos de Arkfall eram um dos pontos altos do multiplayer de Defiance. Grandes fragmentos caíam do céu, atraindo hordas de inimigos e recompensas valiosas. Esses eventos promoviam a participação em massa, onde dezenas de jogadores se uniam para enfrentar ameaças comuns.
  • Defiance tinha uma extensa personalização de personagens, tanto em termos de aparência quanto de habilidades e armas. Isso permitia que os jogadores criassem personagens que se adequassem ao seu estilo de jogo.

Tinha um Grande Potencial

Apesar do potencial, Defiance não conseguiu se manter popular por muito tempo, e os servidores foram desativados em 2020.

6. Assassin’s Creed Unity: Modo Cooperativo

Reprodução: Ubsoft

Realizando Sonhos de Jogadores

O sonho de muitos fãs de Assassin’s Creed finalmente se tornou realidade em Unity: um modo cooperativo que permitia que até quatro jogadores explorassem o mundo aberto de Paris juntos. As missões cooperativas eram desafiadoras e recompensadoras, exigindo coordenação e planejamento estratégico para serem concluídas com sucesso.

Imagine se infiltrar na Bastilha com seus amigos, eliminar alvos de alto escalão juntos, ou escapar de perseguições pelos telhados de Paris em um balé mortal cooperativo. Esse era o tipo de experiência que o modo cooperativo de Unity oferecia.

  • Assassin’s Creed Unity introduziu missões cooperativas onde até quatro jogadores podiam unir forças para completar objetivos. Essas missões incentivavam a colaboração e a estratégia, permitindo que os jogadores se especializassem em diferentes funções para maximizar a eficiência.
  • Os jogadores podiam personalizar seus assassinos com uma variedade de trajes, armas e habilidades. Essa personalização não era apenas estética; ela também influenciava a jogabilidade, permitindo que cada jogador trouxesse suas próprias vantagens para a equipe.
  • O jogo apresentava missões de assalto que exigiam planejamento e execução cuidadosos. Essas missões eram mais complexas e desafiadoras.

Lançamento Problemático e Abandono

Infelizmente, o lançamento problemático do jogo prejudicou severamente a experiência multiplayer. Bugs e problemas de conexão constantes tornavam as partidas instáveis e frustrantes. A Ubisoft, em vez de solucionar esses problemas com patches e atualizações, optou por abandonar o modo cooperativo por completo em jogos futuros da série.

Essa decisão foi lamentável. O modo cooperativo de Unity tinha um potencial enorme, e a Ubisoft poderia ter trabalhado para corrigi-lo e torná-lo uma adição permanente à franquia. É uma pena que os jogadores nunca tiveram a chance de ver esse modo florescer e se tornar a experiência multiplayer cooperativa que poderia ter sido.

7. Assassin’s Creed: Brotherhood – Multiplayer Competitivo

Reprodução: Ubsoft

Brotherhood: Caçadores e Alvos

A série Assassin’s Creed também experimentou com multiplayers competitivos. Dentre eles, o modo de jogo do título “Brotherhood” se destacou. Nele, jogadores se dividiam em duas equipes: Assassinos e Alvos. Os Assassinos precisavam eliminar os Alvos antes que o tempo acabasse, enquanto os Alvos precisavam se misturar com a multidão de NPCs para evitar a detecção.

Dinâmica de Gato e Rato

A dinâmica de gato e rato era viciante. Os Assassinos precisavam utilizar suas habilidades de observação e dedução para identificar os Alvos disfarçados. Os Alvos, por sua vez, precisavam se comportar de forma natural para não levantar suspeitas. O modo de jogo também contava com um sistema de classes, permitindo que os jogadores escolhessem personagens com habilidades únicas que auxiliavam em suas respectivas funções.

  • Assassin’s Creed Brotherhood foi um dos primeiros jogos a introduzir um modo multijogador na série.
  • O modo multiplayer de Brotherhood exigia mais do que simples habilidades de combate. Os jogadores precisavam adotar uma abordagem estratégica, usando táticas furtivas e de dissimulação para superar seus oponentes e completar os objetivos das missões.
  • Embora separado do modo single-player, o modo multiplayer de Brotherhood estava integrado na narrativa do jogo. Isso adicionava profundidade à história e conectava a experiência multiplayer à jornada do protagonista Ezio Auditore.

Abandono em Favor do Cooperativo

Infelizmente, a Ubisoft decidiu abandonar o estilo de multiplayer competitivo em favor do cooperativo a partir de Assassin’s Creed Unity. Essa mudança deixou para trás uma experiência que nunca mais foi revisitada.

É possível que a Ubisoft tenha optado por focar no desenvolvimento do modo cooperativo, mas a comunidade multiplayer competitiva de Assassin’s Creed sente falta daquele estilo de jogo até hoje.

8. Tony Hawk’s Pro Skater 1+2 – Multiplayer

Reprodução: Activison

Revivendo a Era de Ouro do Skate

O remake de Tony Hawk’s Pro Skater 1+2 reviveu a nostalgia da era de ouro dos jogos de skate. O game trouxe gráficos exuberantes, jogabilidade refinada e a icônica trilha sonora que marcou a infância de muitos jogadores. Mas, o multiplayer, por mais divertido que seja, não recebeu a atenção que merecia.

Desafios em Tela Dividida e Cooperação

Os desafios em tela dividida, onde dois jogadores competiam para realizar a maior pontuação em um tempo determinado, eram uma forma nostálgica de se divertir com um amigo. O modo cooperativo, onde os jogadores podiam completar objetivos juntos em mapas específicos, também era uma adição interessante.

  • O multiplayer online de Tony Hawk’s Pro Skater 1+2 permitia que os jogadores desafiem seus amigos em partidas para competir em diversos modos de jogo, como competições de pontuação alta, corridas de skate e desafios de combo.
  • O game oferecia a possibilidade de customizar os mapas, pintando diferentes seções com a cor de cada jogador e competindo para cobrir o máximo de área.

Comunidade Online Reduzida

A variedade de modos de jogo proporcionava horas de diversão, mas a popularidade do jogo não se traduziu em um número expressivo de jogadores online. Com o passar do tempo, encontrar partidas online em Tony Hawk’s Pro Skater 1+2 se tornou cada vez mais difícil. É uma pena que um multiplayer tão divertido, que capturava a essência do skate e da competição amigável, tenha caído no esquecimento.

9. Evolve

Reprodução: Steam

Um FPS Assintomático com Combate Assimétrico Inovador

Imagine um FPS em que quatro jogadores assumem o papel de caçadores experientes, equipados com armaduras tecnológicas e arsenal poderoso, enquanto um quinto jogador controla um monstro colossal, feroz e implacável. Essa era a proposta de Evolve, um jogo que desafiava as convenções do gênero com seu combate assimétrico e jogabilidade.

  • Os caçadores precisavam trabalhar em equipe, utilizando suas habilidades individuais e combinando seus ataques para derrotar o monstro gigante. Cada caçador possuía uma classe específica, com diferentes habilidades e estilos de jogo, exigindo cooperação e estratégia para superar o predador.
  • O monstro, por sua vez, era controlado por um jogador habilidoso, que precisava utilizar sua força bruta, agilidade e ferocidade para eliminar os caçadores e sobreviver à caçada. A experiência era tensa, exigindo reflexos rápidos, tomada de decisões instantânea e comunicação constante entre os jogadores.
  • Evolve também apresentava um sistema de evolução, onde os caçadores e o monstro ganhavam experiência e desbloqueavam novas habilidades com o tempo, tornando cada partida ainda mais intensa e imprevisível.

Lançamento Infortuno e Comunidade Decrescente

Infelizmente, Evolve teve um lançamento conturbado. O jogo exigia uma conexão constante com a internet, o que era um problema para muitos jogadores na época. Além disso, o modelo de microtransações para desbloquear novos caçadores e skins gerou críticas da comunidade. Como resultado, a base de jogadores diminuiu rapidamente, e os servidores do jogo foram desativados em 2018.

Um Legado Perdido: O Potencial de Evolve

Evolve era um jogo com um conceito inovador e um potencial enorme. O combate assimétrico era viciante e proporcionava experiências memoráveis, tanto para os caçadores quanto para o monstro. A variedade de classes e habilidades, o sistema de evolução e a imersão no mundo selvagem de Shearth contribuíam para uma experiência rica.

É uma pena que o lançamento conturbado e o modelo de microtransações tenham prejudicado o sucesso de Evolve. O jogo poderia ter se tornado um clássico do gênero FPS, mas com o passar do tempo foi abandonado.

10. Firefall

Reprodução: Gamespot

Combate Vertical com Jetpacks e Personalização em um Mundo Pós-Apocalíptico

Firefall apresentava um sistema de combate dinâmico e vertical, graças ao uso de jetpacks. Os jogadores podiam voar pelo campo de batalha, flanquear inimigos e realizar manobras acrobáticas. O jogo também oferecia uma grande variedade de armas e equipamentos para personalizar o seu personagem e encontrar o estilo de jogo ideal.

  • Um MMO de Tiro em Terceira Pessoa com Combate Dinâmico
  • Em um futuro onde a Terra foi invadida por alienígenas, você é um soldado de elite lutando para defender a humanidade.
  • Utilize jetpacks para voar pelo campo de batalha, utilize armas poderosas e personalize seu personagem para se tornar um herói implacável.

Infelizmente, Firefall enfrentou problemas técnicos e de monetização, o que levou ao seu fechamento em 2017. O jogo deixou para trás a ideia promissora de um MMO de tiro em terceira pessoa com jetpacks em um mundo aberto.

O Legado dos Injustiçados

Esses são apenas alguns exemplos de multiplayers que mereciam mais reconhecimento e que, por diversos motivos, caíram no esquecimento.

É uma pena que jogos com tanto potencial tenham sido abandonados e que suas comunidades tenham diminuído.

Mas, mesmo relegados a um canto virtual, esses multiplayers continuam a existir na memória dos jogadores que os apreciaram, servindo como um lembrete de que, no mundo dos games, nem sempre o hype e a popularidade ditam o que é bom ou divertido.

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